cogitatio brevis
american
wayoff life
diz farsa
desfaçatez
cora em nada a tez
desfazerdiz x fazerdizfazer
É necessário escrever:Ao menos nas palavras Um pouco de sentido
Esmagado peito sem sonhosViver é avessoÉ disso o anverso
seria cômico não fosse trágico
círculos impotentestubos imagináriosaves imponentespavões hináriosinteligência intermitente
manifestopelo textopela leituracontratubos imagináriosquaisfunestasabreviaturas
rugas marcam rostossem rusgas com o tempo
tempo lento,tempo adentrotempo tempo tempo tempoalento
o pinto não éOutra coisaque uma pendência masculina
inventário
como uma linguagem, calvárioformou-se essa imagem, ováriocristas em ultra vantagem, otáriosformas mortas por coragem, canários
prefiro osdelírios
ao escreverentreao entreversaia
Paraíso
era feliz
enão sabia
O rato, rotos rolos esgotosO ralo, rotas grutas gargantasO rastro, roedores assombrosatores
Desmonte:Máquinas quebradasDireito à diretaMoedores aos montes
iris ris tola liz triz dos olhos, fios curtosmolhos velhos, bolores floresdesbotoadas cores
Despótico DespoéticoEstáDosunidos
hipérboles bolinadascultivo de gigantescos balões, imensas explosões, quanto nada!
quimera eracopo plástico corpo estáticodescartável fera
púbis ave públicaavessos privados
Inutilidade que a beleza aliaNarciso preso preciso, fez das águas e da voz, ecolalia
mentirasem tirasmen tiras
Olhar consumistaConsome e comeA fome do homem
HistóriaApagadaEm plásticas
RespondoRaspandotodo o nada
Rapto rasteirovazadocravadoResvalo raloquase inteiro
Devastação urbanaConcentração, (des)humanaCampanha, campo de crack
Bancadas de um país à bancarrota
BBB Brasil dos arrotos
Boi, Bíblia e Bala
Pavão
Em vão
Pas vain
cisão mente (o) corpo
desmentidos, pouco sãos
incorpóreos sem carne nem osso nem fosso...
ultrajante rigor, roedores
fascistas rabiscam no varejo
empoeirados laços em vão
Obscenas não cenas
Redundantes redondos
Ossos cobertos, concretos (a)penas
Todos totais, os tais
Tolices todas, odes em rodas
Abcessos, fantasias de sucesso
Noticiário: noite com chuva de estrelas cadentes
Boca capital: dias secos, estrelas decadentes
Cadência sem canto, feérico desencanto
donzelas esquartejadas por bocas de lobos
yorubá lambendo as línguas do lobo do lobo
dos homens famintos, lobo(a)tomizados
as sombras da cidade
pesam sob os olhos vistos
e escurecem os esquecidos
cidade lixo, sem cantos
linchados de volta para casa
cacos craquelados em antros
despedaço humano
Fascínio fascistóide
hipocrisia em tablóide
Grasnam por socorro O tucano e o jaburu(Quanta pena!)
largofalodemais
Fachina de golpismoNo frigor de maio(Panelas no armário)
safos sacos, socos santos, saltos secos, soros soltos, serafins satânicos, satíricos sós, sumidos nós
Tristes trevas nos trópicosDireitas jáDedo em riste! Ao povo, ópio
Lástima! Nossa Senhora! Fátima?Abençoai, por nada, esses tolosRogai arrogâncias christianas
Sibilante soar dos sinos Um chá da tarde, pés descalçosDissonante levante sem hinos
Voz gritantePé ante pé, ecos pecantesGigante gestante, humus
Voz gritante
Pé ante pé, ecos pecantes
Gigante gestante, humus
Passante
Na podre carne empanzinadosDípteros verde-amarelos descansamIluminados ao sol do novo mundo
FLM
Documentam a dor de não se ter onde dormir. Movem ficções e fantasias. Fazem frente, fazem festas e lutam moradas na poesia.
São Paulo aceleradaSão Paulo a celeradaÁrido celeiro irado
És burra!.. diz mula teimosaTeima e queima quem não amaEsmurra o útero de mil anos machos
Impares: sem outro Imperfeitos: com ouroImpurezas: muros-altos
ranço rasgante de arrazoados rascunhos desrazão retumbanteRapsodos em retiro...
A via da palavra Não há Havia da palavra
tédioódioDio
Na rua os músicos No ar o silêncio No governo o santo
Globais pios vãos Surdos à solidão do luto(A algumas pessoas o silêncio faz falta)
Ecolalia entre egos Espelhos edificadosEsquerda espalhada
Ecolalia entre egos Espelhos edificadosEsquerda espalhada
Lutar mais, lícito lutoLunar lente marítimaMorte manto lento, medíocres livres
Empoderadas vozes machasEmpoeiradas marchas fálicas Reificantes chamas em rachas
Cidade linda?Cidade cinza?!Cinzala...
close upclose the doorsclose in the trump
Atemorizemos presos em facções
Cartilha de um desgoverno que só faz temer
Terremoto em terra trêmula, transe tácito, erros ácidos
choro por Arnsde humanas rimasand open arms
"Caía a tarde feito um viaduto..."Na Ponte para o FuturoNão se passa sem temer
Na cuba vermelha As cinzas do herói mortoEsperam o vento a favor
Cativados por promessas endireitadasOs não-tolos atolados em vômitos Atam-se como voláteis objetos, cativos de nada
Circular invasão nacionalistaUm círculo vermelho embandeiradoQue circo estrábico, orbitado por ódio
Fios, lãs, lâminas e laços áridosRefazem o caminho de volta ao mitoE filetes escorrem em pouco amor, moderno labirinto
À venda, vendaval de ventríloquosVentres vedados, vendidos aos vermesVendados os olhos, ventos de vândalos
Terra à vista, disse o primeiro É a terra que querias ver dividida, disse o segundoBando de vagabundos, disse o terceiro
Aquele brado equilibrado descalibrou-seDeliberados ecos do lábaro do ódio no arBarbárie e descalabro ianques a nos bolinar
TRUMPANOSSOMÍASE AMERICANASintomas: necessidade de submissão, ódio ao diferente, delírios totalitáriosTratamento: muita razão e democracia (uso contínuo)
"Estou sob a influência da tempestade que se formaA intranquilidade do mundoOs pássaros fogem"(CLARICE LISPECTOR, A descoberta do mundo, 1984)
Hilário DonaldYellow duckRight trump
Os alunos saíram das carteirasTomaram a palavra e as escolasE viraram professores de Política
Esticam a corda até o enforcamentoEsgarçam barcos raquíticos, milhares de afogamentosEstilingues políticos
Amigos de colégio em tempo integralNão falam, não comem, não ouvem, não cagam, não veem, não furamUns sem os outros
743 bilhões em 20 anos, menos
biles, bexigas, barrigas, baços, braços, bocas, bolsas
e um analfabetismo tremendo, em trem de mentiras e medo
Negra Nigéria, sem boca para o mundo
Devastação sem borda, arado sem fundo
Qual borra sem escapamento, arame imundo
Tacanho tamanho, topus em topos
Recrudescência política, 20 anos para trás
Congelamento cru de todos os corpos
Misógino concurso
Mise-en-scène caduca, lógica gemelar de consumo-capital
Missólogos em curso
"Mesmo se você se afogar Com ratos nos cabelosO céu lá em cima Permanecerá resplandecente"(BERTOLD BRECHT, Baal, 1919)
Em terra de lobistas Os hobbies são Os homens serem lobos dos homens
Dissonâncias ásperas:A coisa russa, mano! Ave Mar(i)(t)a!Planos Dorianos, de administrator com pompa MajoritáriaE a esquerda em andanças de véspera
Legítima defesa:
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Perfurados 111 presosPela pele pelo peito plenos pretosQuem neles atirou segue sem pena
Lá vem o pato Tapa aqui Tapa acolá
Lá vem o pato
Tapa aqui
Tapa acolá
Escola sem arte sem esporte sem DescartesSem-tirte-nem-guarteDestarteEscola-enfarte
Escola sem arte sem esporte sem Descartes
Sem-tirte-nem-guarte
Destarte
Escola-enfarte
Amplexos públicos no meio da praça = 100 votosSorriso
retocado em photoshop = 1000 votosComer
uma coxinha no boteco da esquina = 10000 votos
Amplexos públicos no meio da praça = 100 votos
Sorriso
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Comer
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